quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Lara Já

Lara já tem quase 10 meses, e vamos construindo avanços na comunicação que ultrapassam todas as minhas expectativas de mãe coruja. Não que eu seja exagerada ou exibida, imagina. Acontece que é tudo muito rápido, e a palavrinha “já” acaba escapando da minha boca colada ao nome dela. Sempre. Toda frase começa com Lara e continua com já. Podia ser seu nome do meio: Lara Já.

Lara Já diz “mã mã” (embora ainda não ligue o nome à pessoa). Há quem ache que isso é modéstia minha, mas eu desconfio que o restinho da minha modéstia foi embora junto com o líquido amniótico e, mesmo assim, sigo convicta do caráter genérico desse “mã mã”.

Lara Já chama atenção dos passantes na rua, por sua própria iniciativa. Não pode ver ninguém de costas. Trata logo de puxar conversa com a nuca alheia, geralmente duas oitavas acima do tom habitual dos seres humanos, de modo que acaba confiscando olhares e risinhos simpáticos em frações de segundo. (Eu finjo que estou amarrando os calçados, já que não consigo fazer aquela cara orgulhosa de “fui eu que fiz”).

Lara Já bate palminhas. Juro! Só tem um pequeno detalhe: ela bate com uma mão fechada e a outra aberta. O resultado final do gesto pode ser interpretado de forma ofensiva pela oposição. (Nada contra, sou uma mãe democrática).

Lara Já rasteja pela casa dando gritinhos entusiasmados, enfia o dedinho em qualquer buraco ou ranhura que encontrar, puxa para si um pedaço do mosquiteiro quando está entediada no berço (e come), rasga revistas de moda (indignada com a esqualidez das manequins – “essa gente não tem mamadeira?”), faz a maior festa quando alguém chega em casa, devora um pratão de sopa em alguns minutos...

Por fim: Lara Já dá tchauzinho em cinco línguas. Fluentemente!

**

Adeus, cabelão

Cortei os cabelos para ficar com cara de mãe moderna, elegante, descolada (ainda se usa esse termo, ou já descolou de vez?). Muita gente elogiou. Menos alguns.

- Mas o que houve com aquele seu cabelão, Jesus Cristo???

Minha manicure religiosa estranhou. Não sou boa em pedir elogio, mas me esforcei, antes que a carinha dela me desse medo de arder no inferno das mulheres arrependidas.

- E aí? Não ficou legal? – Arrisquei.

- Sem dúvida é muuuito mais prático!

E moeu minha cutícula com aquele alicate assassino.

8 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Bíbi!

Faz um tempinho que não dou o ar da graça, mas a "Lara Já" quebrou meu jejum. Como é comum e automático o "já" associado às evoluções dos babies, né? Agora, critativa e adorável foi a maneira que vc usou para ilustrar o fato. Muito legal!

Que a Lara Ainda inspire muitos momentos de corujice tradizidos em textos fofos como este. Parabéns!

Beijocas,

Claudia.

http://clausanzoner.blogspot.com/

bibi disse...

Cláudia, que bom vc ter voltado! Fiquei inchada e boba com os elogios. Obrigadíssima!! Beijão.

Pati disse...

Fazia muito tempo que não passava por aqui...
adoro seu blog... tinha perdido o endereço no meu outro blog (que desativei)
mas se permitir te adicionarei nesse novo...
assim consigo te visitar sempre!!!!

Anônimo disse...

Gostei muito desse post e seu blog é muito interessante, vou passar por aqui sempre =) Depois dá uma passada lá no meu site, que é sobre o CresceNet, espero que goste. O endereço dele é http://www.provedorcrescenet.com . Um abraço.

Anônimo disse...

oi Bibi, passei para te desejar um 2008 de muita paz e amor pra ti e pra tua familia!
Estive no rio e bem que pensei em te procurar para finalmente a gente se conhecer, mas a correria foi tanta que vai ficar pra outra vez... se você vier outra vez a madrid nao faça como eu: avisa tá? besitos!

Joyce de Matos disse...

Oie!

Sou nova aqui... =D

Achei seu blog numa pesquisa desesperada por informações úteis para maternidade... estou grávida de 7 meses e me encantei com seu blog... dá até vontade de conhecer sua bebê pessoalmente... ><

Bjo!

bibi disse...

Pooooxa, Anlene, não me diga uma coisa dessas!
:o)
Queria muito ter te encontrado. Torço para estar em Madri o quanto antes, então! Quem sabe em 2008?

Beijos mil e um maravilhoso 2008!

bibi disse...

Joyce, querida,
um dia a gente promove um grande encontro dos bebês cujas mães levam um casaquinho!

Obrigada pela visita, e muita sorte nesse momento especial.