segunda-feira, 19 de maio de 2008

Educação Postural para Crianças

Uma coisa que descobri completamente por acaso na internet e acho que tem a cara do futuro – e, portanto, dos nossos filhos. Esse psicólogo chamado André Trindade é fundador do Núcleo do Movimento (Pinheiros, São Paulo). Ele pesquisou fisioterapia e dança para se concentrar na Educação Corporal, sua principal atividade nos últimos 20 anos.

Conforme informa o site (ótimo, por sinal), trata-se de uma atenção dedicada aos movimentos do corpo, não só de forma mecânica, mas como importante instrumento de expressão. A saber:

(...)
“O movimento e o gesto recebem atenção especial em meu trabalho. É a partir deles que identifico as disfunções corporais e comportamentais. Grande parte dos problemas posturais estão ligados ao "mau uso do corpo": são gestos e posturas que realizamos de forma inadequada no nosso dia-a-dia.

Além dessa possibilidade, encontro freqüentemente questões psíquicas e emocionais que se expressam através do corpo. São somatizações e tensões emocionais que vão desorganizar a postura e comprometer o bom funcionamento do organismo.”


E por aí vai.

Todo conteúdo do site é interessante, mas eu gostaria de sublinhar a seção sobre educação corporal infantil nas escolas. Quando lista os objetivos “e responsabilidades” (achei a palavra acertadíssima) da implantação do programa, diz, no terceiro item:

“Estabelecer um campo de relação e escuta para além das palavras entre o adulto e a criança;”

E no quarto:

“Possibilitar a compreensão da noção de postura corporal relacionada à atitude comportamental e assim, através de exercícios corporais, regular funções tais como: concentração, atenção, interesse, apatia, hiperatividade e agressividade;”

Para concluir:

“Por fim educar a criança para o gesto coordenado e para a postura harmoniosa e saudável.”

Mas me cativou mesmo esta idéia: estabelecer um campo de relação e escuta além das palavras.

**

Agora corta para uma cena exclusivamente adulta.

Cheguei num encontro entre amigos, dias atrás. Um me perguntou como tinha sido a minha semana, como estava a minha filha e como andava a minha hérnia de disco (tudo ao mesmo tempo, sem respirar).

Comecei a dizer que tudo estava bem. A outra já me cortou contando da empregada que brigou com o marido. O outro pediu um chope e me cutucou para saber se eu queria. Respirei. Ele pediu dois e uma quiche, quis saber se eu gostava de alho-poró. Alguém elogiou minha blusa.

E tocava uma música de consultório de dentista (em volume de broca, dolorido).

**

Bom, a verdade é que ninguém escuta mais ninguém!

Portanto, qualquer pessoa que venha com a proposta de ensinar a arte da escutatória (seja além das palavras, como propõe o André Trindade, seja em cima, em baixo ou ao redor delas) terá meus R$ 10,00 na caixinha.

E meu eterno agradecimento por tentar fazer o mundo melhor.

3 comentários:

Anônimo disse...

I will not approve on it. I think nice post. Particularly the title-deed attracted me to be familiar with the sound story.

Anônimo disse...

Genial brief and this enter helped me alot in my college assignement. Thanks you on your information.

Anônimo disse...

Easily I to but I about the list inform should have more info then it has.