Dormir fora de casa
Fez um ano e meio e foi pernoitar fora de casa pela primeira vez. Os avós vieram buscar, ela fez uma farra comovente – queria levar a bola, a bola era importante, mamãe, papai, ó, ó a bola. Saiu abraçada com a bola, empoleirada no colo da vó, espevitada.
Quando entrou no carro e percebeu que o pai e eu não íamos junto, senti que ela deu uma travada, fez cara de ops. Mas passou rápido. A viagem foi tranqüila e soube que ficaram dançando na varanda (os três) até tarde da noite, filando a música da vizinhança em festa.
Enfim, dormiu. Minha mãe ligou no celular, conforme o combinado, embora eu já tivesse ligado umas duas vezes querendo saber até que horas, afinal, iria aquela rave.
- Mãe, ela dorme sempre às 8:20. Oito-e-vinte! Sempre.
Mas o apartamento da vó não tem o “sempre”, e ontem era o dia em que o “nunca” vira vez em quando. Vez-em-quandaram-se, os três, na varanda, olhando a lua e dançando a rave do vovô.
Aqui sentimos falta. É engraçado como a criança é tão baixinha, mas sua presença se espalha feito passarinhos por toda a casa. E a gente passa a se mover como se o piadinho deles orientasse o espaço, num jogo delicado de desvios e toques, e quando não estão é gozado o silêncio arrastando os móveis. Tropecei algumas vezes, fiz cara de ops.
Ou seja, vez em quando é ótimo.
3 comentários:
Muito bom! Agora, precisa vir passar um fim de semana com a titia Bia. A gente vai se divertir um bocado!
Ela está liiiiiinda!!!
Beijos
ai bibi que coisa mais linda esta sua escrita! cada vez melhor! estava com saudade de passar aqui! besotes dmadrileños!
Ah! A próxima será eu!!!!!!
A prima mais amada, adorada e tudo mais pela a menininha Lara!!!
hahahaha
Beijosss
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