Consumo de mãe
Socoooorro!, eu estou virada numa mãe cafona e consumista, fico vidrada nas vitrines de balas coloridas e toda sorte de porcaria que a minha filha ainda nem teve o azar de provar, pobrezinha!, pelo menos juízo ainda me resta. Não compro nada disso.
Ah, mas que vontade eu tenho de enchê-la de guloseimas açucaradas, ver o sorriso dela iluminando a minha cara-de-pau de mãe cafonérrima e sem noção que pagaria 50, 100 ou 200 reais por uma cabeça de coelho da Páscoa com duas orelhas que dariam para dar um nó em volta da barriga dela, e ela gargalhando, e eu me acabando de alegria, e ela se lambuzando de chocolate até enjoar, e eu nunca enjoando.
Já disse, não compro. Já pensou se dá cárie em todos os (dois) dentinhos dela?
Hoje não resisti: comprei dois pares de meias antiderrapantes. Mas isso pode, não causa cárie nem é brega. Acho.
A minha alegria balançando aquelas meias. A mulher do caixa: é para presente? A minha alegria: não, é para a minha filha mesmo. Ela está aprendendo a andar... AR! AR! AR!
(O meu orgulho ecoando pelos corredores do shopping).
O coelhinho não me escapa.
Um comentário:
Pois devia ter dito que era para presente, sim! Eu, sempre que compro coisas para mim mesma, digo: "É para presente. Para mim mesma, mas é presente." E tenho dito.
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