quarta-feira, 23 de maio de 2007

O sexo dos bebês




Um teste que permite descobrir o sexo do bebê na sexta semana de gestação causa polêmica na Grã-Bretanha. Grupos anti-aborto alegam que o exame pode induzir ao desejo de interromper a gravidez caso o sexo não seja o desejado pelos pais.

Leia a matéria na BBC Brasil.

Polêmica à parte, a curiosidade é mesmo grande! Nós descobrimos só com 22 semanas, na segunda tentativa (fizemos o ultrasom com 20 semanas, mas a Lara fez charminho e apareceu sentada, de ladinho e com as duas mãos cobrindo o objeto - no caso, a objeta! - fundamental para o tira-teima).

Reproduzo, abaixo, o texto que publiquei quando, finalmente, descobrimos que era ela.
***

Ultrasom – 22 semanas

- É uma menina.

Estranhamente, eu não quis acreditar. O senhor tem certeza? Checa bem esse negócio aí, alô, alô, tá funcionando o aparelhinho que mede? Olha, o senhor desculpe, mas eu já passei por isso antes, cheguei aqui e o bebê me apareceu sentado e...

- Estou dizendo, é uma menina.

Vai por mim, doutor, essas coisas às vezes enganam, estou calejada, imagine que minha primeira experiência deu segundo turno, Deus me livre de empatar um jogo desses, esse gelzinho é de boa qualidade? Gruda bem o scanner que você passa na minha barriga, está bem grudado? Eu digo, aderindo? Olha, a imagem na tela não está lá essas coisas, não. Quero dizer nada. Muito chuvisco. Tem risco de haver interferência com os bebês das outras?

- A sua filha é uma me-ni-na! Está muito claro, olha lá o sexo!!

Não havia Cristo que me fizesse engolir a ficha. Eu seria mãe de uma menina. Que alegria doce; um suspiro bem ensaiava, mas não me acontecia. Continuei tentando me certificar, e apertava a mão do pai cada vez mais forte, como quem pedia que me dissesse que era isso mesmo, soprasse no meu ouvido sem que o médico estivesse olhando: psiiiu, ele está falando sério!

A verdade é que só acreditei quando olhei para ele – o pai dela.

Dizem que as mulheres são mais sensíveis às formas não verbais de comunicação, um franzir de testa, um jeito, acento de sobrancelha. Na tela eram pedacinhos de pés, braços, boquinha, mão, ossos e feições confusas. Na voz do médico eram palavras.

Mas o pai fez lá um ar, e foi ali que eu enxerguei inteira a minha Lara.

2 comentários:

Anônimo disse...

muiiiiiiiiito legal...
adorei

Mamãe de primeira viagem! disse...

Adorei!!!! o seu blog.... me divirto muito.... também sou "mamãe fresca!" minha filha está com 3 meses...
Fiz um blog também por inspiração sua (não se compara), mas eu me divito escrevendo... Se puder entre, dê uma olhada e diga o que acha (pode criticar, ok?)
www.sermaedeprimeiraviagem.blogspot.com
Vivian