domingo, 20 de maio de 2007

Pesadelo de mãe

Tive um pesadelo de mãe, se é que se pode dizer assim. Estava num avião, a trabalho (não me lembro de que tipo, só sei que eu participava de uma reunião a bordo). Minha filha viajava no mesmo vôo, mas estava em outra parte do avião. De repente, a geringonça começa a cair!

Pânico. Do meu lado, gente gritando, chorando, rezando. Uma aeromoça disse que isso “já era esperado” (?). Lembro a frase que meu irmão costuma repetir - ele que é piloto, embora não exerça a profissão: Avião não cai; é sempre o piloto que o derruba.

De repente, começo a enxergar uma estrada e me dou conta: vamos fazer um pouso forçado. Penso na minha filha o tempo todo, quero saber onde ela está. Acho que vamos todos morrer. Acho, não: SEI que vamos morrer. Eu podia prever o final trágico daquela história, mas, estranhamente, a morte do meu sonho assumia outro significado – era como se tivéssemos várias vidas, e fôssemos apenas “queimar” uma nesse desastre de avião. Como num game.

O meu pavor, então, era assim formulado no sonho: toma juízo, Bíbi, agora você tem uma filha e não pode ficar morrendo por aí... Dizendo assim, parece engraçado. Mas acordei transtornada, tensa, com dor nas articulações e ofegante.

Bom, pelo menos acordei antes de morrer. O barulho dos carros se chocando contra o avião me despertou, e acho que minha filha também ouviu alguma coisa (!!), porque lá do berço eu escutei gemidos.

Levantei e a segurei bem firme. Depois, encostei-a no meu peito para mamar e, pela primeira vez, tive a curiosa sensação de que era ela quem estava me segurando (me acalmei).

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